Gestão em Pauta #3: Reformas, competitividade e caixa
Sejam bem-vindos ao Gestão em Pauta, o boletim mensal da Galeazzi & Associados. Na última segunda-feira de cada mês, você recebe análises exclusivas, tópicos para ficar de olho e pontos de vista da Galeazzi & Associados sobre o que movimenta o mercado e os negócios para que você incremente seu planejamento e tome decisões melhores a partir de insights e visão dos nossos profissionais.
Enquanto escrevemos esta newsletter, uma série de notícias tomam os portais do Brasil: a escolha do Copom pela manutenção da taxa Selic, a aprovação do arcabouço fiscal no Senado, a possibilidade de um fundo de desenvolvimento regional para estados com a reforma tributária, a criação de um possível imposto sobre valor agregado (IVA) dual... São sinais que ainda indicam certas incertezas do governo e das reações do próprio mercado.
Contudo, para além das discussões político-econômicas – e, talvez, como consequência de todos os movimentos que temos assistido no País nos últimos anos –, nos deparamos com o resultado do 34º Anuário de Competitividade (ou WCY, sigla em inglês para World Competitiveness Ranking). Esta é a terceira queda consecutiva do País. Após um 57º lugar em 2021, e o 59º em 2022, o Brasil perdeu mais uma posição e agora amarga a 60ª posição. Um dos fatores que mais impactou esse resultado foi, segundo os pesquisadores, a queda na eficiência e produtividade das empresas brasileiras, ocupando o penúltimo lugar, agravado pelo último lugar em Educação.
O Anuário analisa 333 indicadores diversos para apresentar as economias que têm maior potencial de alcançar crescimento de longo prazo. Para cada país, quatro categorias prevalecem para essa análise: desempenho da economia, eficiência do governo, eficiência dos negócios e infraestrutura. Diante da liderança de Dinamarca, Irlanda, Suíça e Singapura, estamos atrás de países como Indonésia (34º), Peru (55º) e Colômbia (58º) .
A perda recorrente de competitividade do Brasil é tanto um sintoma de muitos dos problemas e dificuldades que as empresas têm vivido nos últimos tempos, quanto demonstra fatores endêmicos – juros altos, sistema tributário complexo e pouco eficiente, mão de obra pouco qualificada, entre outros – com os quais convivemos há tempos.
Infelizmente o “custo Brasil” continua sendo um elemento pouco favorável aos negócios. Até que os agentes públicos e econômicos consigam reduzir seu impacto – uma esperança que não podemos deixar de ter –, é fundamental que as empresas continuem a investir, cada vez mais, em processos de melhoria de processos e forte atenção aos indicadores financeiros a fim de manter a eficiência e poder investir em inovação.
Até o próximo mês!