Gestão em Pauta #5: operações do varejo e liderança na mira
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Após um mês intenso em termos econômicos e seus impactos nos negócios, nos sentimos na obrigação de retornar a um dos temas mais presentes na rotina da Galeazzi, as operações no varejo. Ainda há muita instabilidade no setor, seja pela aparente alavancagem de empresas de vestuário e de eletroeletrônico, seja pela desvalorização de grandes corporações, tidas como tradicionais, seguras e acima da crítica para seus acionistas. Em resumo, a pergunta de um milhão de dólares segue: quando (e como) o varejo se recuperará?
Ainda não é possível dar uma resposta concreta, infelizmente. A crise do varejo não surgiu repentinamente, mas é decorrente de uma série de fatores que circulam pelo segmento há anos, principalmente quando pensamos no ritmo de adesão tecnológica, nos gargalos logísticos e na concorrência internacional acirrada.
Não podemos ignorar o papel dos juros altos no primeiro semestre de 2023, ainda que tenham sinalizado alguma queda no segundo trimestre – o cenário macroeconômico, nesse sentido, segue desafiador para os negócios. Ao mesmo tempo, as companhias seguem enfrentando o acúmulo de dívidas, o caixa em desequilíbrio e a inadimplência dos consumidores – isso sem falar na antecipação de recebíveis, com o objetivo de reforçar o caixa e sustentar as operações, mas que se mostra uma estratégia arriscada.
Toda essa conjuntura tem sido terreno fértil para reestruturações financeiras e organizacionais, embora sejam, muitas vezes, manobras dolorosas. Contudo, na tentativa de encontrarmos alguma luz nesse túnel muito longo, os consumidores começam a demonstrar alguma vontade de aumentar os gastos – é isso que diz uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e que indica o maior nível de intenção de gastos pelos brasileiros nos últimos oito anos. Quem sabe, exista um “perfume de otimismo” no ar para os próximos meses.
Até a próxima!