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Neste último mês, o mercado como um todo sentiu os efeitos de novos pedidos de recuperação judicial, com destaque para o caso da 123milhas. A série de acontecimentos colocou ainda mais pressão sobre a pauta de recuperação judicial no Brasil, que apresentou alta de 53% no primeiro semestre de 2023 na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian. De janeiro a junho deste ano, 593 empresas solicitaram RJ.

Primeiro, pacotes e emissões de passagens foram suspendidas pela 123milhas. O desespero tomou conta dos clientes e bastou dois dias para que a companhia pedisse recuperação judicial “com o objetivo de superar esse momento e propor uma saída de viabilidade financeira”. 

Quase um mês depois, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu a ação judicial que permitia a recuperação judicial da empresa, após pedido do Banco do Brasil, maior credor da empresa, insatisfeito com o planejamento desenhado até então. Dias depois, foi a vez da Maxmilhas pedir para ser incluída no processo, alegando que os efeitos no mercado de agências de turismo online foram fortes demais após o anúncio da reestruturação da 123milhas. Mais uma vez, o Banco do Brasil é o maior credor deste negócio e que deve também protestar diante de tal plano.

O episódio acompanha outras recuperações solicitadas neste ano, caso da Americanas, do grupo Petrópolis, da Oi e da Light (em resumo, empresas de ramos diversos e que encaram diferentes movimentos de consumo). O que vai acontecer daqui para frente ainda está em aberto, todos na espera da apresentação de novos planos de reestruturação que sejam aprovados pelos credores. Como Galeazzi, faz parte do nosso core business acompanhar e avaliar os próximos passos e as decisões para garantia de segurança para empresários, para clientes e para a sustentabilidade do próprio país.

Até a próxima!