Sejam bem-vindos ao Gestão em Pauta, o boletim mensal da Galeazzi & Associados. Na última semana de cada mês, você recebe análises exclusivas, tópicos para ficar de olho e pontos de vista da Galeazzi & Associados sobre o que movimenta o mercado e os negócios para que você incremente seu planejamento e tome decisões melhores a partir de insights e visão dos nossos profissionais.

Ainda entre a ressaca da Black Friday (a segunda pior da história, de acordo com a Confi.Neotrust, empresa de inteligência de dados, em parceria com a ClearSale, após recuo de 15,1% na comparação com os números do comércio eletrônico de 2022) e o último suspiro da Cyber Monday, buscamos fazer aqui um breve balanço do que 2023 representou para os negócios brasileiros e o que podemos esperar de 2024.

Sem dúvida, este ano que chega ao fim será lembrado como aquele em que a situação financeira do varejo foi escancarada nas  terras tupiniquins, assim como foram descortinadas gestões tidas como exemplares por todo o mercado. Entre tensões geopolíticas causadas pelas guerras da Ucrânia X Rússia e Israel X Hamas, taxas de inflação em alta e desaceleração da economia chinesa, o Brasil assistiu a uma onda crescente de recuperações judiciais, principalmente no varejo, que preocupam a todos. Em paralelo, a crença de que grandes entendedores em gestão são super heróis também diminuiu consideravelmente, fazendo com que todos se perguntem: é possível fazer negócios sustentáveis e éticos no Brasil?

Apesar de meses bastante complexos e desafiadores (e em termos da própria Galeazzi, a perda do nosso fundador), acreditamos que as dificuldades de 2023 foram necessárias para que negócios em todo o País aprendessem a fazer reflexões profundas em suas operações e finanças, em direção ao desenvolvimento de estruturas de estratégias efetivas e governanças adequadas. Toda reestruturação é delicada, sem dúvida, mas não se deve evitá-la. Afinal, é por meio dela que muitos negócios conseguem se fortalecer e recuperar o caminho dos bons resultados financeiros, e beneficiando todas as partes interessadas. 

Finalmente, e o que virá por aí? Na nossa avaliação, 2024 ainda promete ser um ciclo marcado por juros altos em diversos países (vamos ver se o Brasil conseguirá reverter essa condição) e pela busca de um equilíbrio entre oportunidades de crescimento e de produtividade e efeitos da inflação e de políticas monetárias restritivas. A perspectiva é de um 2024 que se dividirá entre a arrumação da casa e os primeiros passos em direção a gestões mais conscientes, resilientes e menos arriscadas.

Falta pouco para mais uma virada, contudo, devemos todos manter o sinal amarelo bem acesso de forma permanente, para que estejamos preparados para encarar quaisquer terremotos que possam irromper por aí.

Até a próxima!